Enquanto oposição, o PS procurou convencer o país de que a crise era uma questão de retórica (o discurso da tanga) e de que o limite de 3% do défice orçamental era apenas indicativo, não devendo por isso ser levado demasiadamente a sério. O país ficou convencido.
Ainda na oposição, o PS criticou Santana Lopes por ter mudado de discurso ao anunciar o fim da austeridade e da obsessão com o défice. Chegado ao governo, o PS anuncia o fim da austeridade e da obsessão com o défice. Será a saída da crise também uma questão de retórica?
José Sócrates limitou-se a anunciar medidas despesistas, adiando (para as calendas gregas?) as medidas, impopulares mas urgentes, que conduzam à diminuição da despesa. Com a revisão do PEC, a tentação para este adiamento será ainda maior.
Durão Barroso anunciou que Portugal estava de tanga. Portugal continua de tanga. Não queremos por isso que o governo nos dê a todos uma enorme tanga, para fazer pendant com a do país.
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