Domingo, 17 de Setembro de 2006

A Esquerda e o Islão

Embora fosse filha do laicismo, aliás um laicismo gerado pelo liberalismo e, portanto, não concordante com ela, a Esquerda não é laica. Quer se vista de preto, quer se vista de vermelho ou de rosa ou de verde ou de branco ou de arco-íris, a Esquerda é confessional. Eclesiástica. É-o, enquanto deriva de uma ideologia de cariz religioso, isto é, uma ideologia que se baseia em Verdades Absolutas. De um lado o Bem e do outro o Mal. De um lado o Sol do Futuro e do outro uma escuridão de breu. De um lado os seus fiéis e do outro os infiéis, antes, os cães-infiéis. A Esquerda é uma Igreja. E não uma Igreja semelhante às saídas do cristianismo, portanto, de algum modo abertas ao livre-arbítrio, mas uma Igreja semelhante ao Islão. De facto, como o Islão considera-se beijada por um Deus guardião do Bem e da Verdade. Como o Islão, nunca reconhece as suas culpas nem os seus erros. Considera-se infalível, nunca perde perdão. Como o Islão, pretende um mundo à sua imagem e semelhança, uma sociedade construída sobre os versículos do seu profeta Karl Marx. Como o Islão, escraviza os seus próprios fiéis, intimida-os, imbeciliza-os mesmo que sejam inteligentes e, se tiveres coragem de pensar de maneira diferente, despreza-te. Difama-te, processa-te, castiga-te e, se o Corão, ou seja, o Partido lhe ordenar que te fuzile, fuzila-te. Em suma, como o Islão é iliberal. Autocrática, totalitária, mesmo quando aceita o jogo da democracia.

 

Oriana Fallaci  - “A Força da Razão”

 

publicado por Carlos Carvalho às 06:37
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Quarta-feira, 26 de Julho de 2006

Nada de novo

A invasão do Líbano pelas tropas de Israel é uma acção terrorista e provocatória, criminosa, contra os povos libanês e palestiniano, em violação declarada e deliberada de um país soberano, em violação das resoluções da ONU e da comunidade internacional. Trata-se de uma operação programada e publicitada pelos próprios dirigentes de Israel, operação esta que se insere na estratégia do imperialismo americano, de que Israel é uma peça, um agente de não pouca importância.

 

Esta acção criminosa contra um país independente, desencadeada dentro dos moldes e propaganda nazis, não era possível sem o apoio dos Estados Unidos. A operação de agressão e invasão militar pelas tropas de Israel, semeando a morte e a destruição na capital e no Sul do País, esta operação, dizíamos, não surge isoladamente.

 

Sob a cínica palavra de ordem «Paz na Galileia!», o que Israel pretende é o extermínio, o genocídio dos patriotas libaneses, palestinianos e sírios.

 

O Partido Comunista Português exprimiu a sua solidariedade com o povo palestiniano, com o povo do Líbano, com o povo sírio e demais povos árabes que fazem frente à agressão imperialista e sionista e lutam pela independência nacional, pelo progresso e pela paz. O PCP insiste que só a exigência da retirada imediata e incondicional das tropas sionistas do Líbano pode pôr cobro a esta agressão de chacina e destruição contra as populações civis do Líbano. Toda a população vítima desta agressão impõe a sua suspensão imediata e a retirada das tropas agressoras.

 

Pela nossa parte sublinhamos, mais uma vez, que uma paz justa e duradoura no Médio Oriente só é possível com a retirada de Israel de todos os territórios árabes ocupados desde 1967 e com o respeito pelos direitos do povo palestiniano, incluindo o da edificação do seu próprio estado independente e soberano em território da Palestina.

 

Outras forças políticas e sociais do nosso país já condenaram esta invasão do Líbano, independente e soberano, e reclamam que lhe fosse posto termo.

 

A situação criada pela criminosa agressão das tropas sionistas no Sul do Líbano, com a invasão deste país, violando a sua soberania e independência, é uma situação que põe em causa a paz na região do Médio Oriente e em todo o mundo.

 

Mas em Bona, em Roma e agora até em Nova Iorque, no coração do próprio imperialismo (com a gigantesca manifestação de ontem), os povos, os homens, as mulheres, os jovens, as crianças dizem «não à morte», «sim à vida», não a tal política, não à política de guerra dos Reagans, Tatcher e seus lacaios Begins e companhia. Esta é a voz da vida e da paz, que acabará por vencer.

 

Resumo de uma intervenção de Alda Nogueira (PCP) na Assembleia da República, 1982-06-14.

 

publicado por Carlos Carvalho às 23:18
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Quinta-feira, 8 de Setembro de 2005

Iluminados, ignorantes e imbecis

A Esquerda tende a dividir as pessoas em três categorias:

Os iluminados - os próprios, os detentores da verdade e da sabedoria, o que os torna seres superiores e insuspeitos;

Os ignorantes - os que ainda não foram expostos à luz da vera ideologia, e que por isso precisam de ser educados e esclarecidos;

Os imbecis - aqueles que, tendo sido expostos à verdadeira doutrina, se recusam (por qualquer motivo obscuro) a aceitá-la. Não resta senão insultá-los.

A lógica do pensamento de Esquerda pode resumir-se na seguinte frase: ser democrata é pensar como eu.

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publicado por Carlos Carvalho às 01:09
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Segunda-feira, 25 de Julho de 2005

Isaltino & Teixeira

"Isaltino Morais demitiu-se do Governo presidido por Durão Barroso em Abril de 2003, na sequência da divulgação da existência de contas bancárias na Suiça que não terão sido declaradas ao fisco e ao Tribunal Constitucional (obrigatório em caso de detentores de cargos públicos)."
Portugal Diário - 2005-06-30

"Teixeira dos Santos não entrega declarações de rendimentos no Tribunal Constitucional desde 2000. Mas deveria informar sobre qualquer alteração nos seus vencimentos e triplicou o salário de presidente da CMVM em 2001."
O Independente - 2005-07-22

Isaltino Morais não declarou rendimentos ao Tribunal Constitucional? Então demita-se, pois é impensável ter no governo alguém que não cumpre as leis.

Teixeira dos Santos não declarou rendimentos ao Tribunal Constitucional? O não cumprimento da lei foi apenas um mero lapso, que em nada o impede de assumir funções governativas.

Estará a direita sujeita a regras éticas mais rígidas do que a esquerda? Será que o que é inaceitável nos outros é tolerável nos nossos?

publicado por Carlos Carvalho às 00:24
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Segunda-feira, 18 de Julho de 2005

Descubra as diferenças

"O 11 de Setembro, o 11 de Março e o 7 de Julho (..) são crimes brutais que servem de justificação para a prossecução e intensificação dos crimes brutais praticados por Bush, por Blair e pelos seus pares".
Jornal Avante

"[O atentado de Londres] serve a visão maniqueísta do mundo quer dos 'loucos de Alá' quer dos 'falcões' de Washington e dos seus aliados".
Journal Français d'Abord (jornal da Frente Nacional, de Le Pen)

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publicado por Carlos Carvalho às 23:23
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Sexta-feira, 15 de Julho de 2005

Klan de esquerda

"A responsabilidade pelos atentados de Londres é de Tony Blair, por apoiar Israel. (...) Culpem Blair, não os muçulmanos."

"A política externa do Reino Unido e dos EUA de apoiar Israel, a força mais desestabilizadora do médio oriente, provocou a raiva de muçulmanos de todo o mundo para com os EUA e para com o Reino Unido."

"Desde há muito que os EUA estão empenhados numa política de apoio incondicional a Israel, apesar das atrocidades que esta comete contra os outros povos da sua região."

As citações anteriores foram retiradas do programa "This is the Klan, this is the truth".

Para que não restem dúvidas: este programa não é da responsabilidade de uma qualquer organização esquerdista bem-pensante. Este programa é da responsabilidade do Ku Klux Klan.

Sim, esse mesmo.

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publicado por Carlos Carvalho às 03:08
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Terça-feira, 15 de Março de 2005

Esquerda e Direita

A Esquerda e a Direita vão juntas às compras.
A Esquerda diz: Quero isto e aquilo.
A Direita pergunta: Quanto custa e quem paga?
publicado por Carlos Carvalho às 00:20
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Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2005

Direita e governo

"To govern the United States you must move to the right. To win an election, you must move to the left" (citação de uma personagem de "The Golden Age", de Gore Vidal).

Por outras palavras: não é possível ganhar eleições sem o apoio da esquerda, mas só é possível governar um país com o apoio da direita.

A direita pode perder eleições, mas nunca perde governos.

 

publicado por Carlos Carvalho às 21:59
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