Caro Insano:
Não pretendo atacar os “Gato Fedorento” (de quem sou fã), e muito menos a sua tomada de posição no referendo – daí só agora ter publicado este texto. Lembro-lhe que as críticas aos “Gato Fedorento” não começaram agora: ainda há alguns meses foram criticados por não “atacarem” ninguém ligado ao Benfica…
A questão que pretendi colocar é a seguinte: até que ponto deve um humorista abster-se de caricaturar os que lhe são próximos (seja essa proximidade politica, clubística ou afectiva)?
Um humorista pode abster-se de zurzir em pessoas e temas que lhe são caros. Mas, ao fazê-lo, está a subordinar os seus interesses humorísticos a outros que considera mais importantes. Isto não é uma crítica. É – parece-me – uma evidência.