Está a tornar-se cada vez mais comum a exploração, por parte de alguns repórteres, dos dramas humanos causados por incêndios que chegam perto demais das populações.
Sempre que o fogo se aproxima dum palheiro, lá está um repórter pronto a dar-nos uma descrição do inferno mais colorida do que a da irmã Lúcia. Se por acaso as chamas chegam a destruir alguma habitação, então até os mais desatentos conseguem ver a saliva a escorrer da boca destes arautos do Apocalipse.
Em qualquer destes casos, é sempre visível o desespero das pessoas que estão na eminência de perder os seus haveres. É sempre visível a escassez de meios com que contam, dado os bombeiros não poderem estar em todo o lado. É sempre visível o esforço quase inútil destas pessoas para combater o incêndio com pouco mais do que uma mangueira e três baldes de água.
Mas lutam. Dão o seu contributo. Só se rendem quando já nada resta que fazer. E o que fazem os alegados repórteres? Vão debitando banalidades e frases sensacionalistas, ao mesmo tempo que vão procurando um melhor enquadramento para a televisão.
Sinceramente, ainda estou à espera do dia em que uma destas pessoas se dirija a um destes repórteres e lhe faça a seguinte pergunta: "Ó palhaço, e que tal se deixasses de atrapalhar e viesses aqui dar uma ajudinha?!"
Mas isto talvez seja pedir demais...
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